21/06/2021

Introdução alimentar para bebê

   O termo introdução alimentar é designando quando a alimentação do bebê passa a integrar outros alimentos além do leite materno, ela deve começar a partir do sexto mês de vida do bebê, isso conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde. Durante o período anterior a esta idade, o leite materno já é o suficiente para a hidratação e alimentação do bebê, não havendo assim necessidade de nenhum outro alimento e nem de água. 

   Aos seis meses, é recomendado começar a introdução de outros alimentos na dieta do bebê, em paralelo, se possível, o aleitamento continue até os 2 anos de idade. Nos casos em que a mãe não pode amamentar por qualquer motivo, é recomendado procurar a ajuda de um pediatra para saber qual a melhor conduta em cada caso. 

  

   Mas como saber se o bebê está pronto para a introdução alimentar? 

  

   Bebê senta e sustenta a cabeça: O bebê tem controle do tronco e pescoço. Não precisa, necessariamente, estar sentado sem apoio. Isso diminui o risco de engasgos. 

   Reflexo de protusão de língua reduzido:  Aquele Reflexo que faz com que o bebê empurre para fora com a língua, tudo que é colocado na boca. 

   Bebê leva tudo à boca: O bebê explora e conhece o mundo através da boca. 

   Bebê demonstra interesse pelos alimentos que os cuidadores estão comendo. 

  

   A alimentação complementar deve ser feita de maneira lenta e gradual. Algumas crianças podem estranhar e recusar determinados alimentos no começo, o que é bem normal, pois é uma experiência totalmente nova e diferente para elas. Caso ela não aceitou, não insista, não force e não agrade, tente novamente em outro momento. Segundo informações do Ministério da Saúde, é necessário oferecer um alimento de oito a dez vezes, em média, até que a criança o aceite. 

   O ideal é oferecer ao bebê uma alimentação variada e rica em nutrientes, tanto macro (proteínas, carboidratos e gorduras) quanto micro (ferro, zinco e vitaminas). Para isso, é preciso unir os quatro grupos alimentares principais, são eles, hortaliças e frutas, carnes e ovos, cereais e tubérculos e grãos, pois, a composição de todos esses grupos vai permitir que a criança tenha energia, proteínas, sais minerais e as vitaminas necessárias para um crescimento adequado. Até o oitavo mês é preciso introduzir alimentos como ovos, peixes e glúten para criar tolerância e evitar possíveis alergias. 

   É de suma importância que não use o liquidificador nos alimentos, pois isso irá prejudicar tanto o aprendizado da mastigação do bebê, quanto a discriminação do sabor dos alimentos. É importante também, evitar frituras, enlatados, salsicha, refrigerantes, café, salgadinhos, balas e açúcar adicionado nos alimentos, pelo menos até seus dois anos. O sal deve usado o mínimo possível, a dica é utilizar ingredientes como salsinha e cebolinha, e mesmo nesses casos, sem exagero, pois o tempero deve ser leve. Quando precisar usar óleo, é recomendado os vegetais, como óleo de canola, soja ou milho, mas também sempre em pequena quantidade. Por fim, priorize sempre alimentos frescos, ou seja, evite congelados e processados. 

   É necessário também, proporcionar um ambiente calmo e tranquilo, sem telas com desenho, pois isso tira a atenção e prejudica o horário de alimentação do bebê. caso ela não coma, não se deve castigar. Quando a criança está sem fome, o melhor a fazer é não insistir nem a forçar. 

   A introdução alimentar deve começar com a oferta de duas papas de fruta e um papa de legumes diariamente durante o primeiro mês. A papa de legumes deve conter um alimento de cada grupo alimentar: 

  

Hortaliças (folhas verdes, abóbora, beterraba, quiabo, tomate, cenoura etc.) 

Cereais e tubérculos (arroz, batata-doce, batata, inhame, macarrão, aipim etc.) 

Carnes e ovos (frango, peixe, boi, pato, vísceras ou miúdos, codorna, ovos etc.) 

Grãos (feijão, lentilha, soja, ervilha, grão-de-bico etc.) 

  

   A alimentação deve ser diversificada, por isso é interessante oferecer diferentes opções a cada dia. Se um dia a hortaliça foi representada pela cenoura, tente outra no dia seguinte. O mesmo vale para os papas de frutas do mesmo dia, se pela manhã foi abacate, opte por outra à tarde ou à noite. 

   No início, a consistência da comida deve ser pastosa e ir se solidificando com o tempo. Não é necessário o uso de peneira, basta amassar os alimentos com um garfo. Logo após o primeiro mês de introdução, os pais podem deixar pequenos pedaços sólidos no papa para estimular a mastigação. Perto do primeiro ano de vida, o bebê já pode comer a refeição básica da família. 

   Além disso, lembre-se de oferecer água filtrada e fervida nos intervalos das refeições. Também é importante oferecer duas frutas diferentes por dia. As refeições podem ser feitas conforme os horários da família, mas é preciso respeitar o apetite da criança e saber diferenciar sinais de fome de outros desconfortos, como sede ou sono, por exemplo.