Você sabe o período certo para o desmame?
EXISTE UMA HORA CERTA PARA FAZER O DESMAME?
Muitas mães ficam com duvidas em relação ao tempo de fazer o desmame, algumas preferem esperar o bebê naturalmente abandonar os seios, outras decidem quando parar, seja por questões de rotina profissional ou pessoais. De acordo com os profissionais da saúde, não há um tempo certo para parar de amamentar, pois só a própria mãe pode dizer quando, entretanto nem sempre é fácil perceber se a hora chegou. A ideia é ter uma experiência positiva para ambas as partes.
O PERIODO INDICADO PARA AMAMENTAR
As organizações de saúde indicam um intervalo mínimo de amamentação, para que tanto a mãe quanto o bebê desfrutem dos benefícios deste processo. A OMS e o Ministério da Saúde orientam a amamentação até dois anos ou mais, por outro lado a Associação Americana de Pediatria orienta no mínimo um ano, mas indica logo depois uma série de benefícios para a mulher, como a diminuição da incidência de alguns tipos de câncer, como de ovário, de útero e de mama, e menor ocorrência de artrite e diabetes, e para o bebê, que apresenta menor chance de apresentar gripes, otites, meningite, diarreia e até pneumonia.
Para quem acha que a amamentação supostamente "prolongada" pode causar problemas emocionais ou deixar as crianças muito dependentes, há uma informação interessante, segundo diversas teorias, o período natural de aleitamento materno para a espécie humana se situa entre 2 e 4 anos.
Apenas um terço das mulheres no Brasil amamentam seus filhos por dois anos ou mais, e as razões para isso vão desde dificuldades práticas relacionadas à rotina diária, até a crença de que prolongar a amamentação para além do primeiro ano de vida traria malefícios do ponto de vista psicológico para o pequeno. Muitas mães fazem o desmame precocemente acreditando contribuir para o processo de amadurecimento de seus filhos. Entretanto, pode ocorrer exatamente o oposto, ou seja, gerar insegurança, dificultando que as crianças se tornem indivíduos independentes.
EXISTE IDADE MAXIMA PARA ENCERRAR A AMAMENTAÇÃO?
Como afirma a SBP, outra dúvida das mães é que a amamentação possa prejudicar processos de desenvolvimento do bebê, como o da dentição, porém isso não é verdade, o aleitamento materno, na realidade, melhora a questão do desenvolvimento oro-facial. A arcada dentária da criança é mais desenvolvida quando ela faz este aleitamento a longo prazo.
Outras especialistas concordam também que não há uma idade máxima para o desmame. Porém, é importante reconhecer o que motiva a continuidade deste processo. Temos que entender que necessidade está sendo atendida com o prolongamento deste aleitamento, temos que perceber o que está sendo suprido, se possui relação com alguma demanda da infância que viveu, por exemplo.
A SAÚDE MENTAL DA MÃE EM PRIMEIRO LUGAR!
Em questão como ter ou não um suporte faz diferença na hora de decidir até quando amamentar. A rede de apoio da mulher é importante não apenas no pós-parto imediato, mas durante toda essa trajetória dos primeiros dois anos de vidado bebê, porque é muito exaustivo para ela fisicamente e emocionalmente. E nada de achar que está “tudo bem” ser doloroso. Caso a mãe esteja sentindo dores, comprometimentos físicos ou orgânicos, a amamentação não está sendo eficiente e será necessário procurar ajuda. Nunca ache que vai passar, se está desconfortável, procure ajuda imediatamente!
DESMAME GENTIL PARA MAMÃE E BEBÊ
A Sociedade Brasileira de Pediatria divide o fim do aleitamento materno em algumas nomenclaturas, sendo elas o "gentil" ou a "natural", sendo a mais recomendada. O desmame é chamado de "gentil" quando é feito de maneira gradual, em outras palavras, com o passar do tempo sem ser de forma bruta, já o "natural", é quando o bebê por conta própria abandona os seios.
Para que o processo seja saudável tanto para a mãe quanto para o bebê, e para que ambos tenham tempo de se ajustarem física e emocionalmente, é recomendo que as mamadas sejam substituídas por outros comportamentos maternos, como o “estar junto” ou o “brincar”.
O VÍNCULO CONTINUA DE OUTRA FORMA....
Parar com a amamentação pode ser bem dolorosa para muitas mães, pois o medo de perder o vínculo tão intimo criado com o bebê é praticamente inevitável, porém, apesar de ser uma insegurança natural, o desmame não significa abandonar os comportamentos de apego, e que o próprio ambiente contribuirá com o processo. Conforme o bebê vai crescendo, o seio continua sendo um lugar importante, mas surge a necessidade de desbravar o mundo, de explorar o ambiente e de se relacionar com outras pessoas.
Além disso, com o leite sendo usado como forma de acalmar o pequeno e atender aos seus choros, as mães podem temer a perda desse recurso. Às vezes o vínculo fica tão focado na questão do aleitamento, que a mãe acha que não consegue acolher o bebê de outra forma, mas temos que trabalhar e mostrar que ela vai conseguir suprir as necessidades e que a criança vai amá-la da mesma forma mesmo com outros gestos que não dar o peito.
De maneira geral, é a mãe quem decide quando parar a amamentação, não havendo um tempo máximo para isso, porém é importante saber que fazer o desmame nunca irá tirar o vínculo entre ambos os dois, sempre serão uma família com um amor infinito e eterno.
