20/11/2017

Desenvolvimento infantil – “Não, meu filho não é muito velho para isso!”

“Por quanto tempo ela ainda vai mamar no peito?”, me perguntou alguém enquanto eu amamentava minha filha de 2 anos. E ela ainda seguiu questionando: “Ela não está ficando um pouco velha pra isso?”

Não, na verdade não. Mas obrigado por perguntar.

“Ela ainda não sabe usar o banheiro sozinha?” alguém me perguntou quando minha filha tinha feito apenas 3 anos. E depois veio: “Ela não está ficando grande demais para usar fraldas?”

Não, mas obrigado pela sua preocupação.

Eu nem consigo lembrar quantas vezes ouvi pessoas questionando se uma criança era muito velha para fazer algo – tomar mamadeira, usar chupeta, andar no carrinho, usar a cadeirinha do carrinho do supermercado e assim por diante.

Até os alunos da educação infantil que ainda dormem com um cheirinho (aquela fralda de boca) recebem um olhar estranho. O mesmo julgamento da criança com 3 anos que ainda não controlou a vontade de ir ao banheiro.

Todos os anos, pessoas mal-humoradas reclamam dos adolescentes no Halloween por eles ainda usarem fantasias. Será que perdi algum memorando que diz que há limite oficial de idade para tudo?

Parece que temos uma regra estranha de que, porque as crianças estão crescendo, há uma idade limite para certas coisas. Claro que me preocupo com as dificuldades que meus filhos possam ter se permitirmos certos comportamentos por muito tempo. Sei ainda que ainda existe uma porcentagem pequena de pais que querem poupar seus filhos do desenvolvimento por algumas razões psicológicas questionáveis. E claro que sei também que alguns hábitos e comportamentos que precisam ser estimulados para desmamar a criança em um prazo razoável.  Mas o ponto não é esse. O ponto é: esses limites não são para pessoas estranhas ou vizinhos intrometidos decidirem.

Há tanta coisa que não sabemos e não podemos conhecer só por olhar de fora para dentro. Por exemplo: um adolescente que não consegue dormir sem seu ursinho de pelúcia talvez sofra de ansiedade, uma criança maior que senta na cadeirinha do carrinho do supermercado pode ser uma daquelas crianças que aparentam ser mais velhas do que realmente são, os pré-adolescentes que ainda acreditam no Papai Noel podem realmente adorar fantasias e a criança de oito anos que ainda dorme no quarto dos pais pode simplesmente vir de uma cultura onde isso é normal.

Às vezes, é somente uma questão de diferença de prioridades ou de ponto de vista.

Eu mesma carreguei todos os meus três filhos no colo quando eles ficavam cansados. Fiz isso até que eles crescessem tanto que eu ficasse fisicamente incapaz de levá-lo. Sei que algumas pessoas viam isso como proteção ou mimo, mas eu vejo isso como sendo algo útil, que ensina sobre compaixão. Se eu pudesse carregar meu marido ou minha mãe, quando eles estivessem cansados, eu também o faria.

Nenhum de nós tem o direito de julgar o que é certo para o filho ou para a família da outra pessoa. Se eu achar que um garoto parece ser velho demais para esquecer o zíper aberto eu tento me lembrar que as pessoas pensam coisas parecidas sobre os meus filhos e essas pessoas não conhecem toda a situação. Então eu me lembro de que cada família, cada pai, e cada criança são diferentes, e ao menos que haja uma questão em jogo relacionada à saúde ou à segurança, não é meu direito expressar minha opinião.

Se você achar que uma criança é muito velha para fazer o que ela está fazendo pergunte para si mesmo: a criança está realmente sendo prejudicada por isso? Existem coisas que eu não sei sobre esta criança, o pai, a família? Isso é realmente da minha conta? Por que estou me sentindo incomodada?

As crianças aprendem e se desenvolvem em um tempo muito diferente e elas vão certamente superar tudo isso. A menos que você seja um psicólogo com conhecimento específico na psique de uma criança não há nenhuma razão para julgar se ela não é grande demais para nada.

Você faz do seu jeito e então deixe as outras famílias fazerem as coisas do jeito e no ritmo delas. Simples assim.

 

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Fonte: Macetes de Mãe por Shirley